Policiais civis decidem paralisar atividades em Sergipe durante 24h no dia 19 de fevereiro

Policiais civis decidem paralisar atividades em Sergipe durante 24h no dia 19 de fevereiro

Decisão coletiva ocorreu durante Assembleia Geral do Sinpol/SE, frente ao descaso do governador Belivaldo Chagas com as demandas da categoria

Policiais civis que atuam na capital e interior sergipano estiveram reunidos em Assembleia Geral Ordinária na manhã desta terça-feira, 04, no auditório da Academia de Polícia Civil (Acadepol), para deliberar sobre diversos pontos de interesse da categoria: apresentação dos projetos do Sinpol/SE encaminhados ao Governo de Sergipe atrelada à necessidade de uma campanha salarial; luta nacional dos policiais civis em favor da PEC Paralela da Previdência nº 133/2019 (aposentadoria); e evento comemorativo dos 30 anos do sindicato. A reposição inflacionária em atraso devida pelo Governo também foi destaque na discussão.

“Encaminhamos ao Governo do Estado, por meio do presidente da Assembleia Legislativa, projetos que tratam do auxílio-alimentação, auxilio-saúde, reestruturação da nossa carreira e da reposição inflacionária. Até o momento o governador Belivaldo não apresentou encaminhamento de nossas demandas nem do que ele mesmo se comprometeu ano passado com agentes, agentes auxiliares e escrivães da Polícia Civil. Os policiais civis conhecem o potencial profissional que têm, por isso toda essa revolta. Podemos voltar a ter o melhor salário do Brasil, ser referência, mas por enquanto não é esse o cenário que se apresenta. O Governo de Sergipe aparenta entrar o ano novamente sem dar atenção ao trabalho daqueles que protegem o cidadão diariamente”, destacou Adriano Bandeira.

Diante do descaso do Governo, os policiais civis propuseram uma paralisação de alerta para o próximo dia 19 de fevereiro. Nesta data, todas as atividades realizadas por agentes, agentes auxiliares e escrivães da Polícia Civil deverão ser suspensas durante 24 horas. “Os policiais civis não abandonarão a população. É o Governo que está abandonando, na medida em que não valoriza aquele profissional que investiga e soluciona crimes que acontecem nos 75 municípios. Não há estado governado de forma séria e eficiente se a Segurança Pública não for tratada com prioridade. As pessoas se sentem inseguras, os policiais civis desmotivados e os crimes continuam ocorrendo. Então agora em 2020 mais do que nunca os policiais civis lutarão por respeito pela profissão que escolheram seguir”, completou Adriano Bandeira.

Na oportunidade, a categoria também se somou à mobilização nacional da PEC Paralela da Previdência nº 133/2019, que trata da aposentadoria do policial. Em todo o país estão ocorrendo ações simultâneas neste dia 4 de fevereiro coordenadas pela Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol). O objetivo é lutar por uma aposentadoria digna para os profissionais que arriscam as vidas diariamente em defesa dos cidadãos no combate à criminalidade e violência. Outras ações nacionais ocorrerão ao longo do mês com participação do Sinpol/SE e seus filiados.

Por fim, a categoria também debateu sobre a necessidade de comemorar os 30 anos do sindicato no dia 30 de maio, data de aniversário do Sinpol/SE. Nos próximos dias o sindicato informará sobre os eventos que integrarão a marcante data para os filiados. A expectativa é que os eventos ocorram no mesmo dia.

“Por mais que a categoria esteja indignada com o Governo, não podemos deixar de reconhecer a trajetória de luta do sindicato ao longo de 30 anos. Lutar por melhorias com sindicato atuante já é difícil, imagine sem a existência da nossa entidade sindical. É por incentivo também da própria categoria que faremos eventos que vão marcar positivamente a história do nosso sindicato. Em breve a categoria receberá informações detalhadas sobre esses eventos e como deve proceder, mas adiantamos que nosso objetivo é a valorização dos policiais civis filiados, seus familiares e apoiadores da nossa incansável luta”, finalizou o presidente do Sinpol/SE.

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